quarta-feira, 13 de agosto de 2025

CRIME PASSIONAL - Família cobra respostas após execução de homem em praça pública no interior do Ceará

Um crime de natureza passional chocou a cidade de Campos Sales, no interior do Ceará, no último dia 31 de julho. Cledsley Araújo Benevides Machado foi executado a tiros por um suspeito que, segundo familiares, seria o ex-namorado da atual companheira da vítima. O assassinato ocorreu por volta das 23h, na Praça Hélio Lima, no Centro da cidade, e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o autor chegando de motocicleta, correndo em direção à vítima e efetuando os disparos em via pública, antes de fugir rapidamente do local.
Segundo informações da família, duas semanas antes do homicídio, a vítima havia se envolvido em uma briga com o ex-companheiro da mulher com quem se relacionava. O desentendimento teria ocorrido no Estádio Moraizão, onde o suspeito, acompanhado do irmão da ex-companheira, teria agredido Cledsley após uma discussão relacionada à guarda de um filho. Na ocasião, a vítima reagiu e os dois agressores foram contidos, com um deles precisando de atendimento hospitalar. Ainda segundo os familiares, ameaças foram feitas contra Cledsley após o episódio.

Emboscada - Na noite do crime, conforme relato da mãe da vítima, Cledsley se preparava para dormir quando recebeu uma ligação. Ele teria se vestido rapidamente e saído de casa em direção à praça, onde acabou sendo surpreendido pelo atirador. A família acredita que a ligação registrada no celular da vítima pode revelar quem o atraiu até o local e ajudar a identificar os envolvidos na emboscada.

Apelo por justiça - Além da dor da perda, a família denuncia o que classifica como descaso das autoridades na condução do caso. Segundo parentes, o celular da vítima permanece recolhido na Delegacia Regional do Crato, mas ainda não foi enviado para perícia em Fortaleza, o único local no estado com estrutura para esse tipo de análise. Até o momento, nenhum familiar foi ouvido pela polícia, e o avanço das investigações parece estagnado, mesmo após nove dias de outro homicídio cometido a tiros na mesma cidade.
A irmã da vítima pede justiça e reforça o apelo por uma apuração rigorosa. O assassinato deixou dois adolescentes - uma menina de 11 anos e um menino de 13 -sem pai, e a família relata sofrimento profundo diante da impunidade. O temor é que a falta de ação das autoridades contribua para o agravamento da violência na região.

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