quinta-feira, 5 de junho de 2025

Em dez anos no Juazeiro, 72 mulheres foram assassinadas e sete delas no ano passado

O número de mulheres assassinadas em Juazeiro do Norte caiu de oito em (2023) para sete no ano passado. Elas foram mortas em sete bairros: Antonio Vieira, Pirajá, Jardim Gonzaga, Socorro, São José, Santa Tereza e Romeirão. Um levantamento exclusivo feito pelo Site Miséria mostra terem sido seis assassinatos à bala e um a golpes de faca, com três delas na faixa etária jovem de 18 a 30 anos e outras quatro com idades acima de 30 anos.

Outro levantamento exclusivo mostra que, no intervalo de dez anos (entre 2015 e o ano passado), 72 mulheres foram assassinadas em Juazeiro ou uma média de 7,2 a cada ano. Ainda de acordo com o levantamento, os anos mais violento foram 2017 e 2020 com 12 mulheres cada ou uma por mês. Depois, aparecem os anos de 2022 e 2023 com oito mulheres mortas em cada um deles, além de 2016 e 2024 com sete cada. Com cinco, vem os anos de 2015 e 2018 e os menos violentos (com 4 cada) 2019 e 2021.

Eis as mulheres assassinadas ano passado em Juazeiro do Norte

01 – 05/02/24 – Maria Rayane da Silva, de 22 anos, que residia na Rua José Duarte Bonfim (Aeroporto), foi morta a tiros num apartamento na Rua Francisco Chagas Callou (Antonio Vieira). O autor foi o seu companheiro José Thyago Duarte Feitosa, de 34 anos, que permaneceu no local onde mora e terminou preso. Em março de 2025 foi absolvido ante o entendimento de ter se tratado de um disparo acidental.

02 – 11/04/24 – Cícera Vitória Gomes do Nascimento, de 19 anos, que residia na Avenida Paraíba (João Cabral), foi morta a tiros dentro da casa do seu namorado Willian José da Silva, de 22 anos, na Rua Joaquim da Rocha (Pirajá) em Juazeiro do Norte. Ele também foi morto e respondia por crimes de tráfico de drogas, porte de arma, receptação e já tinha sido vítima de duas tentativas de homicídios. No dia seguinte a polícia prendeu com suspeitos Ramesson Gomes da Silva, de 23, o “Paredão”, e Clebiomar Domingos Targino, de 24 anos, o “Bebê”.

03 – 29/04/24 – Maria Janaína dos Santos Alves, de 44 anos, que residia na Rua Gonçalo Alves de Paiva (Jardim Gonzaga) e era agente de saúde, foi morta com um tiro durante assalto na Rua Maria Diva de Carvalho naquele bairro. Ela seguia para casa após pegar a filha na rodoviária quando foram abordadas por dois homens noutra moto. Um deles foi preso no caso Diassis Alex dos Santos Vieira, de 26 anos, o “Xela”, na sua casa na Rua Sebastião Mariano com a moto usada no crime e já responde por três assaltos. O autor do disparo foi Yago Lima Silva, de 29 anos, o “Veneno”, preso dia 11 de outubro em Goiás.

04 – 19/06/24 – Stefhany Alves de Oliveira, de 22 anos, que residia na Rua Maria Antonia de Oliveira (Frei Damião), morreu no HRC. No dia 13 de junho, ela tinha sido baleada na cabeça na Praça do Memorial Padre Cícero (Socorro). A mesma respondia por tráfico de drogas e aparecia em procedimentos como testemunha de um homicídio e porte de arma de fogo.

05 – 02/07/24 – Simonia Rodrigues de Lima Santos, de 50 anos, que residia na Rua Leonardo da Silva Fontes na Vila Real (São José) e era auxiliar de merendeira na Creche Padre Francisco Jacinto de Barros na Rua Chanceler Edson Queiroz (Triângulo), morreu no HRC. No dia 2 de fevereiro ela seguia ao trabalho numa moto quando foi abordada por um menor de 16 anos que tomou o veículo e atirou na mesma. O crime aconteceu na Rua Gonçalo Alves de Paiva no bairro São José e ele foi apreendido momentos depois com dois revólveres. O menor já era suspeito de latrocínio contra outro funcionário público e motorista de ônibus escolar Aldecir Soares dos Santos, de 51 anos, baleado no dia 23 de outubro de 2023 e morreu dois meses depois.

06 – 01/10/24 – Damiana Lima Cordeiro, de 40 anos, a “Damiana da Faixa de Gaza”, que residia na Rua São Damião (Santa Tereza), foi morta a tiros dentro de casa. Era usuária de drogas e respondia procedimentos por crimes de tráfico de drogas e furto em estabelecimento comercial.

07 – 02/11/24 – Francisca Neuma de Sousa, de 52 anos, que residia na Rua Ozana Pereira (Romeirão), teve o corpo encontrado em casa enrolado numa rede e apresentando perfurações à faca no pescoço. À noite vizinhos ouviram gritos e foram lá, sendo recebidos pelo esposo dela Cícero Barros da Silva, de 49 anos. Ele disse que estava tudo bem e ela dormindo. No dia seguinte se deu o achado de cadáver e ele preso momentos depois após espancamentos por populares na Feirinha da Troca no bairro João Cabral.

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