quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Governador Camilo Santana na reta final 
Foto: José Wagner/Governo do Ceará

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), deve deixar o Governo do Ceará entre março e abril de 2022 para concorrer ao cargo de senador da república. O partido deve ser o próprio PT, mas o PSB também estaria entre as possibilidades. Caso assim decida, a vice-governadora Izolda Cela, do PDT, assume.

Camilo Santana foi o deputado estadual mais votado do Ceará em 2010, com 131.171 votos. Em 2014, derrotou Eunício Oliveira no segundo turno e assumiu o comando da gestão estadual no ano seguinte. Em 2018, foi reeleito no primeiro turno com 79,96% dos votos, a maior porcentagem da história em uma eleição para governador no estado.

Camilo habita em uma espécie de encruzilhada política. Aliado da família e grupo Ferreira Gomes, que o impulsionou no cenário estadual, se mantém pleno entre gregos e troianos diante dos ataques ferozes de Ciro Gomes contra Lula, manda-chuva do PT. Nas últimas semanas, os disparos esfriaram. O FG agora tem Sérgio Moro para se preocupar.

Camilo tenta, e deve conseguir, com pragmatismo, construir seu palanque duplo, com os apoios de Ciro e Lula. Talvez nem precise se esforçar tanto, já que tem uma popularidade gigantesca entre a população. Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, publicada no último dia 1° de julho, mostrou que o petista é aprovado por 72,1%. Os que desaprovam são 22,6%.

Apenas uma cadeira estará disponível em 2022. Tasso Jereissati não deve arriscar a sorte. Para saber o candidato a senador preferido dos cearenses, o mesmo Paraná Pesquisas ouviu 1.540 eleitores no estado entre os últimos dias 11 e 15 de setembro. Camilo lidera a ponto de tirar cochilo: 54%. O tucano vem bem atrás com 17,7%. Na terceira colocação vem a ‘Capitã Cloroquina’, Mayra Pinheiro, com 6,0%. Bem folgado, não?

Nos últimos meses, Camilo intensificou sua agenda de inaugurações e visitas a grandes obras, como, no Cariri, o Complexo Ambiental Mirante do Caldas e a Arena Romeirão. Quer deixar seu legado. Sem dúvida alguma, isso o ajudará nas urnas.

Sempre no uso de retórica pragmática, o governador deve seguir sua campanha mostrando o que fez, deixando Ciro e Lula se entenderem por si. Até lá, há muita água para rolar debaixo da ponte. O petista sabe muito bem para onde ela corre. Além do palanque duplo, também deve por conseguir outra vitória expressiva nas urnas. Como sempre, tudo são hipóteses, e não existe análise do amanhã.

Fonte: Miséria

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