Salitre enfrenta prejuízos na produção de farinha de mandioca por conta de oscilações de energia elétrica, produtores deixam de lucrar em torno de 100 mil reais

O município de Salitre, localizado no Cariri Oeste cearense, é reconhecido como o maior produtor de farinha de mandioca do Ceará, abrigando cerca de 180 casas de farinha. A atividade é responsável por gerar aproximadamente 250 empregos diretos em cada unidade produtiva, sendo, portanto, a principal fonte de emprego e renda para a população local. No entanto, o setor enfrenta atualmente sérias dificuldades devido à constante oscilação no fornecimento de energia elétrica, especialmente no período da tarde, o que compromete o funcionamento dos equipamentos.

Segundo a produtora de mandioca, Diana Pascal, os prejuízos vêm se acumulando. A instabilidade no fornecimento de energia tem causado danos aos motores utilizados nas casas de farinha e impedido a produção contínua.

 Ela estima que, devido ao problema, os produtores estão deixando de lucrar cerca de R$ 100 mil mensais. “Estamos sofrendo com esse descaso da Enel. A cada oscilação, perdemos não só parte da produção, mas também temos prejuízo com equipamentos danificados”, afirmou.

 A problemática tem gerado redução no número de empregos no município e uma queda de vendas no comércio local. Ainda de acordo com a produtora, o custo médio mensal com energia elétrica gira em torno de R$ 4.800 por casa de farinha, um valor considerado alto diante das perdas e instabilidade no serviço.

O prefeito de Salitre, Rondilson Ribeiro (PT), manifestou preocupação com o cenário atual e ressaltou que a mandiocultura é uma atividade essencial para a economia local. “Além da má distribuição das chuvas nesta quadra invernosa, que já impactou negativamente o cultivo da mandioca, os produtores estão enfrentando agora as oscilações de energia, o que agrava ainda mais a situação”, declarou ele a reportagem do Blog do Amaury Alencar. 

Buscando alternativas, o prefeito afirmou que já iniciou tratativas com o Governo do Estado e planeja a implantação da Rota da Mandioca como forma de fortalecimento da cadeia produtiva. Porém para a implantação da rota, primeiro é necessário a implantação de uma subestação elétrica no município, com o objetivo de garantir maior estabilidade no fornecimento de energia e evitar prejuízos à produção e ao comércio local. 

Fonte; Jornalista Amaury Alencar colaboração Marcelo Sousa News.