Duas famílias denunciaram casos de negligência médica no Hospital São Camilo, no Crato, após a morte de bebês durante o parto. As famílias realizaram uma manifestação em frente à unidade nesta segunda-feira (29), cobrando justiça e providências das autoridades.
O caso mais recente envolve a bebê Sara, que nasceu sem vida após a mãe, grávida de risco, permanecer por horas em trabalho de parto, mesmo com a recomendação médica de realizar uma cesariana de urgência. Segundo familiares, um ultrassom feito um dia antes apontou a necessidade imediata do procedimento, mas o resultado teria sido ignorado pelo hospital.
A avó da criança, Gisélia, relatou que o coração da bebê ainda foi ouvido por volta das 2h da manhã, mas que, próximo das 5h, os batimentos cessaram. “Ela [a mãe] não estava mais aguentando de tanta dor. Quando foram ouvir o coração da criança, não tinha mais. O coração da criança tinha parado”, relatou.
A família contou ainda que a gestante havia procurado atendimento no hospital dias antes do parto, apresentando febre, dor de cabeça e vômitos, mas foi liberada sob suspeita de dengue. Segundo os relatos, ela chegou a ficar mais de 12 horas sem acompanhamento médico adequado.
Durante o protesto, outra família também denunciou um caso semelhante ocorrido há cinco meses. A tia da mãe relatou que sua sobrinha teve o útero rompido após esperar por atendimento. A médica responsável não teria realizado a cesariana necessária, afirmando que o plantão estava terminando. O bebê também nasceu sem vida.
Até o momento, o Hospital São Camilo não se pronunciou sobre as denúncias.
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