domingo, 23 de dezembro de 2018

Morte de jovem no Ceará foi definida por videoconferência com presidiários

O grupo responsável por matar uma jovem e manter outras seis pessoas reféns em Pacajus, na Grande Fortaleza, na noite da última sexta-feira (21), fez uma videoconferência com detentos de dentro de um presídio antes de cometer o assassinato para identificar e escolher os possíveis alvos, segundo o titular da Delegacia de Horizonte, André Firmino. Um casal foi preso e confessou o crime. Outros três suspeitos estão sendo procurados.
Três homens e duas mulheres invadiram a residência, em um condomínio em Pacajus, amarraram e amordaçaram as vítimas. Entre os reféns, estava um menino de sete anos, e a jovem identificada como Mariane Chagas da Silva, de 18 anos, que foi levada para um terreno e assassinada.
O objetivo dos criminosos era identificar membros de uma facção rival, de acordo com André Firmino. Mariane da Silva foi apontada pelos detentos que participaram da videoconferência como alvo. Antes de morrer, a jovem foi torturada, teve as sobrancelhas raspadas e o cabelo cortado, informou o delegado. O corpo dela foi encontrado com as mãos amarradas.

'Live' do crime - Testemunhas disseram à polícia que cerca de seis presos se reuniram dentro do presídio, durante a videoconferência, para decidir qual seria o alvo dos criminosos na residência. Após a decisão, três dos suspeitos levaram Mariane para um terreno no mesmo bairro, onde posteriormente a polícia encontrou o corpo. Um casal permaneceu na residência mantendo os outros reféns.
"Os suspeitos confessaram que mataram a adolescente porque ela já havia participado de situações que resultaram em homicídio do grupo rival deles", afirmou o titular da Delegacia de Horizonte.
Vizinhos do local perceberam uma movimentação suspeita e acionaram a polícia. Ao chegarem, policiais do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) flagraram o casal ainda na residência. Os outros suspeitos conseguiram fugir.
O homem e a mulher presos vão responder pelos crimes de tortura, tráfico, cárcere privado, homicídio e associação criminosa.

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