quarta-feira, 19 de agosto de 2020

PM acusado de pistolagem no Cariri tem preventiva mantida pela Justiça

O Tribunal de Justiça do Ceará, através da 3ª Câmara Criminal, manteve a prisão preventiva de Sargento PM J. Martins – João Genival Martins, de 50 anos, residente no Sítio Maniçoba em Porteiras – acusado de executar a tiros Arlindo Belo da Silva Júnior, de 30 anos. O crime aconteceu no último dia 14 de outubro perto do estádio Teixeirão no bairro Aristaco Cardoso, quando a vítima retornava de um bolão de vaquejada que tinha acontecido no Sítio Simão em Porteiras.

Desde então o Sargento PM encontra-se foragido, sendo que, na época do crime, estava afastado da Corporação devido a uma licença médica para tratamento de saúde. De acordo com o relator do caso, desembargador Henrique Jorge Holanda Silveira, é “importante ressaltar, conforme as informações prestadas pela Autoridade Judicial, que o acusado jamais foi localizado ou apresentou-se para responder à acusação, estando em lugar incerto e não sabido o que revela risco concreto à aplicação da lei penal”.

De acordo com os autos do processo, a autora intelectual do crime foi a própria esposa da vítima Iraci Soares de Oliveira, de 48 anos, que terminou presa no último dia 17 de março juntamente com o genro dela, Mardey Aparecido Bernardino Medeiros, de 30 anos. Ela tramou o assassinato do companheiro e comentou com o genro que, por sua vez, teria contratado o Sargento para execução no que se acompanhou do ex-soldado excluído da PM pernambucana, Cícero Ramiro Araújo Targino, de 36 anos.

Este último foi preso no dia 7 de abril, restando apenas o Sargento da Polícia Militar do Ceará. As investigações apontam que Iraci não pretendia dividir com o marido um dinheiro que o casal tinha recebido ocasionando em conflitos entre os dois com proposta de separação. Por coincidência, três dias após o crime o Sargento J. Martins chegou a ser preso em Porteiras, mas em virtude de um crime afiançável de porte ilegal de arma de fogo num bar no bairro Tabocas.

Um exame balístico já tinha comprovado que o revólver encontrado com o PM foi o mesmo utilizado no crime. O Juízo da Comarca de Porteiras decretou a prisão preventiva do acusado, alegando garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal. A defesa do sargento ajuizou pedido de revogação do mandado de prisão por meio do habeas corpus no Tribunal de Justiça, sustentando ausência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva o que foi negado pela 3ª Câmara Criminal.


Fonte> www.miseria.com.br

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