Prefeito de Palhano é agredido por policiais militares durante festa de carnaval; PMs contestam
Em depoimento na Delegacia Regional de Russas, Dinho Silva, como é conhecido o prefeito, relatou que um policial civil subiu no palco “transtornado” e, com uma pistola na mão, tomou o microfone de uma cantora. O caso ocorreu no Corredor da Folia Emildo Nunes de Freitas, durante o Carnaval da Alegria 2020.
No relato, o prefeito afirma que, quando chegou perto do palco, se deparou com a cena do policial civil e procurou ajuda da PM, que se ausentou: “Quando vi, foi simplesmente o cassetete ‘comendo’ nas minhas costas. Tentei me defender e ‘largaram a usar’ spray de pimenta.”
O gestor declarou que policiais militares da cidade têm promovido atos de violência injustificada desde a última sexta-feira, 21. A exemplo, ele citou o uso de spray de pimenta contra moradores.
Versão dos PMs
Em depoimento na mesma delegacia, um PM alegou que se dirigiu ao palco do evento porque a população relatou um disparo efetuado por um suposto policial civil. No trajeto, uma pessoa “com visível estado de embriaguez” avançou sobre a composição, cuspiu nos militares e disse palavras de baixo calão.
A pessoa, contida com uso de “força proporcional”, posteriormente, teria se identificado como prefeito da cidade. Em seguida, a mesma pessoa saiu e retornou com mais pessoas para agredir a composição. Neste momento, conforme os PMs, os agentes utilizaram gás de pimenta para dispersão dos envolvidos.
Contestação do prefeito
“Temos 100 pessoas como testemunha, se precisar provar. Eu jamais cuspiria em ninguém, ainda mais numa autoridade que nem um policial”, rebateu o prefeito, que está em contato com sua assessoria jurídica.
Exame
O gestor municipal passou por um exame de corpo de delito. Fotos registraram marcas vermelhas nas costas dele, supostamente causadas por golpes de cassetetes. O prefeito deixou um hospital na manhã de hoje, 24, ainda com dificuldades para enxergar por causa do uso do spray de pimenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário