quinta-feira, 2 de junho de 2022

No Ceará, técnico de informática é indiciado por crimes contra quase 3 mil mulheres 
Nesta segunda-feira (30), a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), concluiu as investigações relacionadas ao inquérito que apura crimes praticados por um técnico de informática, identificado como Matheus Fernandes Alves, de 27 anos. Com a conclusão dos trabalhos investigativos, foram identificadas quase três mil vítimas, todas elas mulheres.

De acordo com a PC-CE, o suspeito praticava a ação criminosa de forma virtual, e foi indiciado pelos de crimes de extorsão, ameaça, estelionato, pirataria, tentativa de extorsão, tentativa de estupro virtual, estupro virtual consumado e uso de documento alheio.

As investigações, que foram desenvolvidas pela Delegacia Regional de Quixadá em conjunto com o 5° Distrito Policial, concluíram que Matheus Fernandes, que até então, não possuía antecedentes criminais, fez cerca de 3 mil vítimas, todas elas mulheres, espalhadas por vários estados do Brasil.

Com base nas oitivas, diligências e prisão, no último dia 8 de abril deste ano, em Fortaleza, foi possível identificar os modus operandi e as dezenas de perfis criados por Matheus, para extorquir as mulheres.

Ainda segundo a PC-CE, o indiciado entrava em contato com as vítimas alegando que mantinha fotos comprometedoras das mesmas e as extorquia exigindo depósitos de uma quantia em dinheiro, caso contrário, ele ameaçava expor as fotos em redes sociais. Em alguns casos, as mulheres eram obrigadas a enviar fotos íntimas e realizar videochamadas por aplicativos de mensagens.

Outros detalhes

No curso das investigações, coordenadas por ambas as delegacias, foi constatado ainda, que o homem realizava os crimes logado em celulares de clientes, já que o mesmo trabalhava consertando aparelhos celulares, inserindo os chips nos dispositivos dos seus clientes, com o objetivo de não ser rastreado.

A PC-CE revelou também, que o investigado ficava online em diversos dispositivos gratuitos de internet ou através do sinal residencial de clientes, capturando o acesso no momento em que realizava algum trabalho, dificultando a localização exata de onde ele praticava o crime.

Foi identificado ainda, que o homem possuía mais de 30 perfis falsos nas redes sociais, onde fazia contato com as vítimas e passava a cobrar uma quantia em dinheiro, em alguns casos, fazia com que elas pagassem mensalidades para não ter suas imagens divulgadas. Com isso, após a conclusão do inquérito policial e seu indiciamento, o documento foi enviado ao Poder Judiciário.

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