quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Quadrilha com farmacêutico e bioquímico faturou mais de R$ 1 milhão com sequestros e roubos no Ceará

Um farmacêutico e um bioquímico estão entre os alvos da Operação Expurgo, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), com apoio da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), nesta terça-feira (23), por suspeita de integrarem uma quadrilha que teria faturado mais de R$ 1 milhão com assaltos a agências bancárias e casas lotéricas e sequestros, no Interior do Estado.

O MPCE identificou crimes cometidos pela quadrilha desde outubro de 2022, quando uma lotérica no Município de Madalena foi roubada. Em março do ano passado, o grupo criminoso colocou em prática a ação criminosa conhecida como 'sapatinho': sequestrou o gerente de um banco de Boa Viagem e, com ele refém, conseguiu sacar R$ 1 milhão dos cofres da agência bancária.
Depois, a quadrilha sequestrou um empresário da região e obteve mais R$ 500 mil; e tentou roubar R$ 200 mil de um comércio. No último dia do ano passado, 31 de dezembro, os assaltantes sabiam da alta movimentação financeira em uma lotérica de Boa Viagem e tentaram uma nova ação criminosa. A Polícia Militar do Ceará (PMCE) interveio e prendeu dois suspeitos, enquanto os seus comparsas fugiram.
A Operação Expurgo cumpriu mandados de prisão preventiva contra dois suspeitos, nos municípios de Caucaia e Novo Oriente, nesta terça-feira (23). Outros dois mandados de prisão não foram cumpridos, e os alvos viraram foragidos da Justiça. O nome dos suspeitos não foi divulgado.
Cinco mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pelos promotores de Justiça e pelos policiais civis, em Boa Viagem, Caucaia, Novo Oriente e Independência.

QUADRILHA OSTENTAVA E 'LAVAVA' DINHEIRO - A maioria dos suspeitos de integrar a quadrilha mora na região onde aconteciam os crimes e se aproveitava do dinheiro obtido com assaltos e sequestros para ostentar e realizar lavagem de dinheiro. "Eles começaram a comprar carros luxuosos, jet ski, farmácias e outros estabelecimentos da região, para 'lavar' o dinheiro".
O representante do Ministério Público afirmou ainda que muitos membros do grupo criminoso não tinham antecedentes criminais e alguns deles tinham até se graduado em cursos de Nível Superior, como Farmácia e Bioquímica.

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