Conforme documentos apresentados pelos parlamentares, a clínica conveniada recebeu do município quatro pagamentos que totalizam mais de R$ 180 mil. Segundo eles, o contrato foi firmado dias após Andrea e o prefeito Glêdson Bezerra anunciarem o encerramento do contrato com a policlínica de Barbalha.
Janu e Márcio explicaram que, antes do contrato, a clínica tinha como sócios-administradores Andrea e seu esposo Paulo Landim, atual secretário-executivo da pasta da saúde. Contudo, pouco antes do acordo, a empresa foi transferida para uma mulher que, segundo os denunciantes, seria laranja da família Landim.
Eles destacaram ainda que, embora a empresa tenha mudado de nome, o endereço, CNPJ e a classificação das atividades econômicas permaneceram inalterados. “Em janeiro ela rompeu com a policlínica, dois dias depois colocou uma laranja, fez um convênio e ela mesma pagava ela mesma”, disse Márcio Joias.
Outro ponto destacado pela oposição é a ligação política de Andrea e Paulo com a nova sócia-administradora. Ela é membro do Diretório do PSDB, partido presidido por Andrea Landim em âmbito municipal. “Ela pertence ao partido em que a ex-secretária é presidente. […] Isso caracteriza um direcionamento”, disse Janu.
O líder do governo na Câmara, vereador Rafael Cearense (Podemos), disse que recebeu a denúncia com tranquilidade. Ele afirmou que o chamamento público que classificou a empresa ocorreu dentro da legalidade. “A empresa [que pertencia a ex-secretária], já fornecia esse trabalho para a população em outras gestões”, argumentou.
O Miséria não conseguiu contatar as pessoas citadas na matéria. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.
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